Um dia um menino de 10 anos
vendo uma reportagem sobre Daltonismo
reparou coisas que achava interessante
e correu para seu quarto
pegou sua caixa de lápis de cor
e os olhou fixamente...
Ele não distinguia entre azul, marrom e vermelho
ele era daltônico...
Ele então no mesmo instante se recordou,
recordou de quantas vezes sua mãe
fora chamada a escola,
sua professora o acusava de ser um menino rebelde
por não pintar os mapas nas cores que ela pedia.
Recordou em quantas vezes ele ficara de castigo,
em quantas vezes ele apanhou,
em quantas vezes sua mãe o chamará de burro,
teimoso, em quantas vezes ela disse muita coisa.
E agora derrepentemente ele entendia
ele apenas via,
apenas via...
Essa é a história de um amigo meu
que sempre me faz pensar
ele cresceu achando que azul, marrom e vermelho
fossem cores parecidas, porque eram cores parecidas
no mundo que ele via...
Ai eu penso, será que realmente vemos as mesmas cores?
Será que o azul que eu vejo é o mesmo azul que você vê??
E se eu nasci vendo o azul do céu com um tom amarelo
eu nuca saberia, pois para mim o amarelo sempre seria azul...
Por que temos que dizer que se a maioria diz que U é B
então U é B...
E se um dia alguém conseguir ver que o U é U
ele terá um mundo a enfrentar...
Então não sejamos assim
só poderemos dizer se alguém está certo ou errado
se vermos através dos olhos dele
se vermos através das cores dele...
by Alexs Tcho
3 comentários:
Alê vc se supera sempre qdo o assunto é escrever... AMEI esse post !!
Boa semana!
kiss
Essa é a magia e a complicação da vida. Estamos todos certos e todos errados. E será que há um certo absoluto, que existe além do que cada um pode ver?
Não acho que precisamos ou devemos ver através das cores de outros olhos. Os nossos devem servir de algo, embora às vezes permitamos que sejamos cegados ou enganados. Nos permitir ver com os olhos dos outros, é entender as possibilidades do outro e não a minha [que pode ser a impossibilidade de ver com os olhos do outro]? Ou é tentar enxergar como os que acham que o certo é controlar os passos e escolhas das pessoas?
De qualquer forma, a parte que mais me toca no texto, além da mensagem geral, é parte que diz:
"ele apenas via, apenas via..."
Me faz pensar que o que resta é termos o compromisso de lutar tanto pela nossa liberdade e boa vida, como pela liberdade e boa vida dos outros.
Belo texto. Querendo, a gente conversa mais sobre isso...
Alex , me apaixoneim pela sua forma ludica de tratar as coisas do diferente do que parece ser, e na verdade não é... vc me fez lembrar de um livro uma frase "algo que errado há de haver comigo, pois, eu não acho há algo de errado comigo" vc é um mestre das palvras meus parabens meu grande amigo
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